segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A macieira

Os corações estavam pendurados em árvores de maçãs, come se fossem frutos proibidos.
Ela observava tudo atentamente, até que um daqueles corações lhe chamou a atenção. Tinha o nome de seu amado.
Ela pegou o coração e o abriu. Lágrimas molharam seu rosto, fazendo sua maquiagem de princesa desaparecer.
Seu coração estava partido. Ele amava alguém, mas não tinha coragem o bastante para admitir. Ele sofrera muitas vezes, e já não agüentava mais. Causa de seu sofrimento? Ela.
Ela fechou o coração, secou suas lágrimas e pendurou o coração de onde o havia tirado.
Voltou para casa, ligou para ele.
Encontraram-se.
Ela chorou, ele também. Ela se desculpou, ele aceitou suas desculpas. Ela o beijou, ele correspondeu. Ele entregou-lhe seu coração, ela tratou seus sofrimentos e juntou seus pedaços.
E hoje, aquela velha macieira continua com seu verde próspero, seu tronco fortalecido e grandes frutos vermelhos em formato de coração, que até hoje, embelecem a vista ao pôr-do-sol.

Ana Caroline Turcatti

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