segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sonho constante

Ele não queria que ela fosse embora, mas agora era tarde demais.
As escolhas o destino já havia feito, e ele optou por separá-los.
Ele só queria que ela levantasse e lhe desse um abraço apertado, como se naquele momento, o tempo não existisse ou parasse, apenas para gravar cada gesto. Mas ela nunca mais levantaria, também não ficaria estirada no chão para sempre. Ela iria para um lugar onde ele só a encontraria depois que morresse.
O que ele tinha a fazer era chorar, mas nem suas humildes lágrimas a trariam de volta. A vida dela tinha acabado e a dele também.
Como poderia viver sem ela? Como iria aceitar que quando chegasse a casa não a encontraria; que nunca mais eles dariam voltas pelo parque, que nunca mais sentiria seu beijo doce e seu abraço confortador? Como aceitar que ele nunca mais diria “Eu e ela", apenas "eu".
Ele sabia que iria passar um tempo longe dela, mas acreditava que se encontrariam na eternidade e viveriam. Apenas viveriam.
Ele não fazia questão de usar o "viveriam felizes para sempre”. Ele tinha usado essa expressão uma vez, e agora estava ali se lamentando por ter perdido quem lhe fazia feliz.
Mas ele não se arrependia de todas as vezes que eles brigaram, porque todas as brigas acabavam com um beijo. Ele não se arrependia de ter passado tanto tempo ao lado dela,e tinha certeza de que ela também não.
Ele queria gritar por socorro, mas não adiantava. Ela partiu.
Ela tinha partido fisicamente, mas ele sabia que enquanto a amasse, ela viveria em seu coração.
Então, ele pegou-a nos braços e a segurou, esse não iria ser seu último momento ao lado da amada.
Ele foi fechando os olhos... E depois disso... Acordou do lado dela, na eternidade que ele tanto desejava.

Ana Caroline Cardoso Turcatti

Ser Feliz

Ela só queria ser feliz
Num mundo de desilusões,
Viver intensamente e despertar várias paixões
Mas ela não sabia,
o que o destino lhe reservava.
Vivia em tremenda agonia
e de ajuda precisava
Um dia pediu a um anjinho
que lhe mostrasse um caminho,
*mas que não queria trilhá-lo sozinho
Então o anjinho lhe falou:
"Você pode escolher sua mãe, seu pai ou o amor da sua vida"
A pessoa que para você, for a mais querida
Ela chegou em casa, recostou a cabeça no travesseiro e pensou:Se escolher minha mãe vou estar sendo injusta com meu pai, se escolher meu pai vou estar sendo injusta com minha mãe, e se escolher o amor da minha vida vou estar sendo injusta com todos.
Ela pensou um pouco e falou:
"Já encontrei a minha preferida!"
No outro dia, com o anjinho foi falar
ele curioso, apressadamente disse:
"Pode me pode me contar"
Eu escolho Deus, e agora podemos prosseguir,
pois se ele não fosse tão bondoso,não me daria chance de escolher o caminho que devo seguir.

Ana Caroline Cardoso Turcatti

O reencontro

Oliver e Pietra tinham sete anos e estavam na primeira série. Diziam que estavam namorando, mas nem se quer se beijavam.
Mas um dia tudo acabou: Pietra foi embora.
Oliver tentou esquecê-la, mas não conseguia tira-la do pensamento.
Passou-se dez anos e eles já estavam na festa de formatura da escola. Pietra estava na mesma festa de que Oliver.
Pois Pietra estava na cidade fazia um ano, morava do outro lado da cidade e estava em outra escola.
Mas as duas escolas resolveram fazer as festas da formatura juntas.
Lá na festa Pietra reencontra Oliver e os dois começaram a conversar.
Depois Oliver pediu se ela tinha namorado, ela disse que não.
Então logo ele pediu a ela em namoro ela disse que sim e eles começaram a namorar.

Gabriela - 702

Uma última música

Sonhos que fazem ir além
E uma pessoa especial
Que você não vive sem

O destino destrói e as coisas mudam
A dor te corrói e palavras não ajudam
O tempo passa e lembranças te inundam
A pessoa ainda é especial, e ainda te julgam

Uma última música
Para expressar
O amor a dor e a solidão
Sentimentos que inundam meu coração

Sua falta me deixa sem direção
Ver você aqui, minha única ilusão
Sem você aqui comigo, as coisas são sem sentido
Sem você aqui meu mundo fica perdido

Palavras de apoio, momentos em silêncio
Seus abraços, seus lamentos
Seus medos, seus tormentos
Fazem tanta falta, quase não aguento

Uma última música
Para mostrar
Não importa o que aconteça
É ao seu lado que eu vou estar

Não importa onde eu esteja
Se você precisar, chame
Vou sempre estar aqui para te ajudar
Eu te amo, é com você que vou estar



P.S.: Dedicado a um amigo que não está mais aqui.
Lenara

Unidos pela vingança

Joana, morena, alta, olhos castanhos e frios, solitária e de poucos amigos. Jurou vingar a morte misteriosa do irmão.
Estava muito perto do grande encontro.
Depois de arriscar a própria vida para encontrar pistas do assassino, havia lhe encontrado e estava disposta a morrer se fosse preciso, mas antes, terminaria o que havia começado.
Sabia pouco sobre Francis, o tal assassino, mas tudo que sabia era o suficiente para acabar com ele.
Ela não tinha nenhuma qualificação de assassina, mas era extremamente calculista. Cada suspiro seu era friamente calculado.
Mas ela não era tão esperta assim.
Francis lhe vigiava fazia tempo, sabia de cada passo seu e estava pronto para lhe enfrentar.
***
Finalmente, chegou o dia.
***
Frances estava em casa, relaxando, quando foi surpreendido com uma faca no pescoço. Rapidamente virou-se, afastando-se da faca e sacando outra.
Ele já tinha ouvido falar sobre ela, mas não imaginava que ela era tão bonita.
Ele também era lindo. Alto, forte e olhar simpático. Não teria coragem de ferir uma jovem tão linda. Restava-lhe apenas fugir.
Tentou correr em direção a porta, mas ela passou-lhe uma rasteira.
Frances caiu sobre Joana, tirando-lhe a faca da mão. Agora ele estava no poder.
Joana tinha o olhar fixo nele, o ódio era tanto que lágrimas escorreram-lhe dos olhos.
Ela rapidamente as secou.
- Está esperando o quê?Não vai me matar como fez com meu irmão?
- Seu irmão não era tão bonito, mas eu sou tão bonzinho que vou deixar uma garota indefesa como você fugir.
- Você me paga – os olhos explodiam de raiva – Não sou indefesa. Sou mais inteligente do que você imagina.
-Imagino – falou sarcástico – Tão inteligente que deixou rastros de sua busca por vingança por onde passou. Eu te vigiei esse tempo todo, e me arrependo de ter feito isso.
-Por quê?
- Porque acabei me apaixonando por você, e agora não tenho coragem para te matar.
- Dane-se você! – falou sem nenhum sinal de compaixão.
- Você não sabe o que é o amor?
- Não sei, não quero saber, e...
- E tem raiva de quem sabe?
-Não.
- Por quê?
- Porque pessoas que amam se tornam idiotas, e sendo idiotas, é fácil manipulá-las.
- Apenas isso?
- Apenas isso.
Nada mais foi dito. Um gesto acabou com toda a história.
***
E como eles vivem hoje?
Casados e unidos pelo mesmo ódio de sempre.

Ana Caroline Cardoso Turcatti

Aconchego

Ele chegou me abraçou e chorou. Abraço tão apertado que era até difícil de respirar. Queria perguntar-lhe o porquê de tantas lágrimas, mas naquele momento, o silencio bastava.
Choro de alegria? Tristeza? Não sei. E acho que ele também não. Só sei que naquele dia, fui o refúgio de alguém. Um ser que não reconhecia, mas que me era muito semelhante, procurando apenas um lugar onde pudesse se sentir seguro, onde nada nem ninguém pudessem lhe atingir.
Depois de meu abraço sincero e seu choro contido, as palavras ainda eram desnecessárias.
Ele então recostou-se em meu ombro, e depois deitou no meu colo, procurando novamente abrigo.
Eu olhei para seu rosto, o acariciei e beijei-lhe a face.
Ele me olhou e sorriu.
Naquele momento, estava seguro.

Ana Caroline Cardoso Turcatti

O gaúcho e o paraíba

Estavam participando de uma ‘“trova” muitas pessoas.
Estava no palco um baiano, cantando a música de Bola de Sabão, de Claudia Leite. Ele terminou sua apresentação com muitos aplausos.
Chegou à vez do gaúcho.
Ele botou o pé no palco e já foi falando:
-Mas bah, tchê! Quanta prenda bonita! Isso me lembra o pampa, lugar onde nasci.
-Bom, eu vou apresentar uma música de minha própria composição.
-Toca a gaita, gaiteiro!

“Eu moro em Florianópolis
Mas Caxias é melhor,
Assino Zero Hora em Nova York
Mas bah tchê, to na pior!

Minha prenda me largou
De almoço, só como negrinho
Todo mundo acha que o Guaíba é rio
Mas é um laguinho.

Antes comia chimia
Agora só como mu-mu
Os paulistas falam você
E os gaúchos falam tu!

Vou ao açougue
E acho a carne linda!
Mas nada se compara
Aminha prenda Carmelinda!

Eu moro na Serra
Que tem a lomba empinada,
Tenho que cavalgar muito
Para me encontrar com a gauchada!

Vou lá no super
Pra comprar a carne para acompanhar o chimarrão
E quando chego lá,
O dono do super vem me dar à mão!

Já falei bastante sobre minha terra
Pois ela é muito tri,
Suas paisagens são belas
“Melhores que as do Jacuí”
O gaúcho terminou sua apresentação foi muito aplaudido, porém, entre os aplausos, surge um paraibano muito bravo, que sobe no palco, e fala:
-Vocês ainda aplaudem um sujeito desbocado como este?
A platéia se calou
-Ele desrespeita as mulheres lhes chamando de prenda, diz que nasceu no pampa, assina Zero Hora, o que é isso? Revista? Diz que só come negrinho, chimia e mu-mu, olha só que racista!
-Diz que mora em uma lomba empinada, que vai nesse tal de super! O sujeitinho tem crianças aqui!
Eis que sobe no palco uma mulher, e interrompe o paraibano e fala:
-Pessoal, ele não falou nada de errado e nem obsceno, e eu vou provar!
-Prenda, é como o gaúcho chama sua esposa, pampa, são os campos do Rio Grande do Sul, Zero Hora, é um jornal, negrinho, é brigadeiro, chimia, é geléia e mu-mu é doce de leite.
-Lomba é morro e super, é apenas mercado. Ele é apenas gaúcho.
O paraibano pede desculpas para o gaúcho, que sobe no palco e fala:
-Um quebra costelas para todos!

Lisiane Mônica Ferrari e Ana Caroline Cardoso Turcatti

Triste é quando

Triste é quando
Deixamos a infância
Quando vamos mal na prova
Quando deixamos de caminhar lado a lado com a felicidade
Quando nos sentimos sozinhos
Quando brigamos com nossa melhor amiga

Mas a verdadeira tristeza
É quando percebemos que desprezamos
Aquela pessoa que nos fazia sorrir
Aquele alguém que nunca nos deixava ficar deprimidos
E conseguia brincar e nos consolar
Nos momentos mais difíceis da vida
Mas acima de tudo aquela pessoa que fez
Cada minuto da nossa vida ser
Uma grande diversão
E sempre nos amou de verdade

Andressa Soares

Perdão

Quando ficamos tristes pensamos
Em algo que podemos fazer para ficarmos felizes
Ou batemos a porta, jogamos tudo no chão
Fazendo que tudo fique arrasado
Junto com seu pensamento talvez de culpa
Mas nós nunca pensamos primeiro no perdão
Que pode resolver muitas brigas
Fazendo tudo ficar melhor
Nunca irá ficar pior
Para a pessoa que sabe perdoar
E que é capaz para amar

Andressa Soares