segunda-feira, 11 de julho de 2011

Unidos pela vingança

Joana, morena, alta, olhos castanhos e frios, solitária e de poucos amigos. Jurou vingar a morte misteriosa do irmão.
Estava muito perto do grande encontro.
Depois de arriscar a própria vida para encontrar pistas do assassino, havia lhe encontrado e estava disposta a morrer se fosse preciso, mas antes, terminaria o que havia começado.
Sabia pouco sobre Francis, o tal assassino, mas tudo que sabia era o suficiente para acabar com ele.
Ela não tinha nenhuma qualificação de assassina, mas era extremamente calculista. Cada suspiro seu era friamente calculado.
Mas ela não era tão esperta assim.
Francis lhe vigiava fazia tempo, sabia de cada passo seu e estava pronto para lhe enfrentar.
***
Finalmente, chegou o dia.
***
Frances estava em casa, relaxando, quando foi surpreendido com uma faca no pescoço. Rapidamente virou-se, afastando-se da faca e sacando outra.
Ele já tinha ouvido falar sobre ela, mas não imaginava que ela era tão bonita.
Ele também era lindo. Alto, forte e olhar simpático. Não teria coragem de ferir uma jovem tão linda. Restava-lhe apenas fugir.
Tentou correr em direção a porta, mas ela passou-lhe uma rasteira.
Frances caiu sobre Joana, tirando-lhe a faca da mão. Agora ele estava no poder.
Joana tinha o olhar fixo nele, o ódio era tanto que lágrimas escorreram-lhe dos olhos.
Ela rapidamente as secou.
- Está esperando o quê?Não vai me matar como fez com meu irmão?
- Seu irmão não era tão bonito, mas eu sou tão bonzinho que vou deixar uma garota indefesa como você fugir.
- Você me paga – os olhos explodiam de raiva – Não sou indefesa. Sou mais inteligente do que você imagina.
-Imagino – falou sarcástico – Tão inteligente que deixou rastros de sua busca por vingança por onde passou. Eu te vigiei esse tempo todo, e me arrependo de ter feito isso.
-Por quê?
- Porque acabei me apaixonando por você, e agora não tenho coragem para te matar.
- Dane-se você! – falou sem nenhum sinal de compaixão.
- Você não sabe o que é o amor?
- Não sei, não quero saber, e...
- E tem raiva de quem sabe?
-Não.
- Por quê?
- Porque pessoas que amam se tornam idiotas, e sendo idiotas, é fácil manipulá-las.
- Apenas isso?
- Apenas isso.
Nada mais foi dito. Um gesto acabou com toda a história.
***
E como eles vivem hoje?
Casados e unidos pelo mesmo ódio de sempre.

Ana Caroline Cardoso Turcatti

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