segunda-feira, 11 de julho de 2011

Aconchego

Ele chegou me abraçou e chorou. Abraço tão apertado que era até difícil de respirar. Queria perguntar-lhe o porquê de tantas lágrimas, mas naquele momento, o silencio bastava.
Choro de alegria? Tristeza? Não sei. E acho que ele também não. Só sei que naquele dia, fui o refúgio de alguém. Um ser que não reconhecia, mas que me era muito semelhante, procurando apenas um lugar onde pudesse se sentir seguro, onde nada nem ninguém pudessem lhe atingir.
Depois de meu abraço sincero e seu choro contido, as palavras ainda eram desnecessárias.
Ele então recostou-se em meu ombro, e depois deitou no meu colo, procurando novamente abrigo.
Eu olhei para seu rosto, o acariciei e beijei-lhe a face.
Ele me olhou e sorriu.
Naquele momento, estava seguro.

Ana Caroline Cardoso Turcatti

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